Meu avatar me quer morto
e quer
tomar o meu lugar!
Minh’existência
é um estorvo
e ele quer
me desplugar.
Meus
defeitos todos refeitos
num só toque
polegar.
Meus
conhecidos todos perfeitos,
semideuses,
sem titubear.
Meu
avatar me quer morto
e é melhor
não vacilar,
que já
me sinto bem mais vivo
pela
tela do meu celular.
Meu coração, no compasso,
batucava um quatro por quatro.
A harmonia?, comum acriançada:
tônica, quinta, sexta menor e quarta.
Você, então, aconteceu:
Fusa, semifusa, confusa.
Amor desgostoso, mas gostado.
Amor doído, semiagradável.
Amor mais de vontade inventada.
Amor que me descompassou.
E sua partidura me deixou menor
diminuto, melancólico...
