Trago sonhos suspensos na parede.
Deles emana passado idealizado.
Às vezes os toco, como quem remexe um baú.
Assopro a poeira; solto um espirro.
Os dedos já não deslizam como antes,
então, a reza dura apenas uns instantes.
O tédio, veja, é guarda deveras zeloso.
Deixo-me estar desenganado
e arrisco uns refrãos descompassados
entre um compromisso e outro.
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