O caos do
mundo perfura meu peito
e espalha
farpas nas minhas entranhas.
Feridas que
sangram com o vai e vem da vida
e se
misturam às cicatrizes,
amores,
defeitos e esperanças
que fundam
o edifício deste rotativo eu.
Há lama
por todo lado.
Flui pelas
veias das cidades.
Milhões de
lagoas avolumadas
pelas
chuvas de nojo e ódio.
Há lama
por todo lado.
Invade a
casa pela porta da frente.
Emerge das
profundezas de nossas vísceras.
Explode em
erupção que se compartilha.
Há rios de
gentes submersos
em lama,
crueldade e morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário