Apegado à
felicidade prometida,
nem notei
o marchar veloz devagarinho
do tempo
que, de mansinho,
amontoava
todas minhas memórias
(Algumas no
sótão, outras na sala).
Estranhei
o rosto triste que me fitava no espelho.
Os olhos
tão vazios, os lábios amargos.
Um corpo
dependurado na pia,
enquanto,
ralo adentro,
um fio de
água se perdia.
Será que
ouviram o que eu dizia?
Ou, quando
falei, ninguém ouvia?
Tateei os
vincos do meu rosto.
Eu não dei
por estas mudanças.
Quando me
extraviei da minha face?
Remanesceu
adaptar-me.
Nenhum comentário:
Postar um comentário